Pontos de vista

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Doenças respiratórias: entenda como é possível aprimorar o diagnóstico

Doenças respiratórias: entenda como é possível aprimorar o diagnóstico Doenças respiratórias: entenda como é possível aprimorar o diagnóstico Doenças respiratórias: entenda como é possível aprimorar o diagnóstico

No corpo humano, alguns órgãos estão mais vulneráveis a infecções que outros. O pulmão e as vias aéreas superiores se figura como um dos principais. Devido à constante exposição a partículas, organismos infecciosos do ar e produtos poluentes/químicos, as doenças pulmonares estão entre 5 das 30 causas de morte mais comuns no mundo por doença.

As crianças são grandes vítimas das doenças respiratórias. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, todo ano 9 milhões de pacientes com menos de 5 anos perdem suas vidas por conta da pneumonia. Além disso, as infecções agudas do trato respiratório na infância instalam um futuro de doenças respiratórias crônicas para a vida adulta.

Por essas razões, o olhar atento do médico quanto às doenças respiratórias é fundamental, independente da especialidade desse profissional. Entenda melhor sobre o assunto, a seguir!

As doenças respiratórias no mundo

O mundo inteiro sofre com doenças respiratórias. As consideradas 5 maiores são:

  • DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica); 
  • asma; 
  • infecção aguda do trato respiratório inferior e superior
  • tuberculose;
  • câncer de pulmão. 

Juntas, elas afetam a saúde de quase um bilhão de pessoas todos os anos e são responsáveis por milhões de mortes, além de gastos altíssimos com a saúde pública. 

A doença pulmonar obstrutiva crônica

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) chega a mais de 200 milhões de pessoas no mundo, sendo que, dessas, 65 desenvolvem doença arterial moderada ou grave. Os estudos identificam que a doença ainda é subdiagnosticada ou apresenta diagnóstico incorreto. O fator considerado mais relevante para o desenvolvimento da DPOC é o tabagismo.A prática de tragar causa destruição do tecido pulmonar (enfisema) e a obstrução das pequenas vias aéreas com inflamação e muco, gerando a bronquite crônica. Tudo isso leva aos sinais de falta de ar e tosse. Outros fatores podem contribuir para o aparecimento da DPOC, como a poluição interna e externa, as síndromes genéticas, as inalações ocupacionais etc.

O custo direto vinculado à DPOC na União Europeia (onde se fuma muito) vem representando 6% da despesa total com saúde (38,6 bilhões de euros por ano). Isso representa 56% do custo total destinado para o tratamento das doenças respiratórias.

A ASMA

A asma atinge cerca de 334 milhões de pessoas no mundo todo. Verificou-se, ainda, que, nas três últimas décadas, sua incidência vem aumentando. A asma não escolhe idade, nem raça e nem etnias, embora seja a doença crônica mais comum de se encontrar em crianças. Esta é uma das patologias que mais causa internações hospitalares evitáveis em crianças. Isso porque seu subdiagnóstico leva a tratamentos sem eficácia, o que é um grande risco. A asma causa aproximadamente 480.000 mortes por ano, o que resulta em mais de 1300 mortes a cada dia.

As crianças com asma podem apresentar um crescimento pulmonar anormal. Elas também correm o risco de desenvolver o comprometimento respiratório ao longo da vida, além da DPOC. Suas causas, no entanto, ainda não são completamente compreendidas. Sabe-se, contudo, que o aumento da prevalência global da asma pode ser resultado por:

  • predisposição genética; 
  • poluição do ar; 
  • exposição a alérgenos ambientais; 
  • infecção do trato respiratório inferior nos primeiros dias de vida; 
  • fatores dietéticos; • composição do microbioma das vias respiratórias; 
  • respostas imunológicas anormais
A infecção do trato respiratório

A infecção do trato respiratório inferior, a pneumonia, é uma das principais causas de morte por doenças no mundo todo. Essa infecção representa mais de 4 milhões de óbitos por ano e é ainda mais prevalente em países de baixa e média renda.

Essa é também a principal causa de morte em crianças com menos de 5 anos , que tenham saído do período neonatal. É, inclusive, uma das causas mais frequentes para hospitalização. A bactéria Streptococcus pneumoniae continua sendo a maior causadora da pneumonia. Em 2015, matou 393.000 crianças menores de 5 anos. Os fatores de risco para a pneumonia incluem:

  • a idade (muito jovem ou de idade avançada); 
  • falta de aleitamento materno; 
  • falta de imunização; 
  • viver em aglomerações sem as condições básicas de higiene; 
  • desnutrição; • condições de saúde crônicas; 
  • exposição à fumaça do cigarro ou a poluentes do ar.

A pneumonia também pode gerar doenças respiratórias crônicas. As infecções respiratórias virais ainda podem aparecer como epidemias. A cada ano, a gripe causa infecções do trato respiratório em 5 a 15% da população. O vírus sincicial respiratório (RSV) é a principal causa da infecção respiratória aguda em crianças, somando quase 34 milhões de episódios por ano. Mais de 90% das mortes por infecção respiratória, causada por RSV em crianças, ocorrem também em países de baixa e média renda.

O sucesso da prevenção ou do tratamento de muitas dessas infecções respiratórias está relacionado à qualidade do sistema de saúde, mas não somente. A cautela no uso dos antibióticos mostra sua relevância no combate às infecções. Em casos assim, o melhor diagnóstico permitiria a terapia direcionada. Dessa forma, o uso de antibióticos de forma desmedida, que leva ao surgimento e à seleção de bactérias resistentes, seria evitado. Médicos em todas as partes ainda enfrentam situações em que os pacientes com infecções não conseguem ser tratados adequadamente, porque a bactéria responsável é resistente aos antibióticos disponíveis.

A tuberculose

Em 2015, a tuberculose matou 1,4 milhão de pessoas. Isso faz do seu agente o maior agente infeccioso causador de morte e, ao mesmo tempo, uma das principais causas de mortes globais. A tuberculose, quando combinada com o vírus HIV, torna-se responsável pela morte de outras 400.000 pessoas. Felizmente, a incidência dessa doença está diminuindo. As mortes reduziram em 17%, entre 2005 e 2015. Apesar dos progressos, no entanto, a taxa global de letalidade permanece alta.

A tuberculose não é fácil de ser diagnosticada em crianças pequenas. Isso porque elas geralmente não produzem escarro. A alta suscetibilidade das lactentes e das crianças pequenas à doença extrapulmonar também aumenta a complexidade do diagnóstico. Além disso, custo do tratamento da tuberculose é muitas vezes equivalente ao custo do tratamento das doenças sensíveis às drogas, devido ao fato dessa doença ser resistente a múltiplos fármacos.

O câncer de pulmão

O câncer é um grande problema mundial. Em estimativas da GLOBOCAN, em 2012, ele possuía cerca de 14,1 milhões de novos casos e 8,2 milhões de mortes. É o tipo de câncer mais comum do mundo e o mais fatal. O fumo do tabaco continua sendo a principal causa dos casos identificados, uma vez que danifica o DNA e causa a mutação dos genes protetores.

Os sinais se acumulam com a prática do tabagismo, ao longo dos anos, e podem aparecer mesmo após muito tempo das pessoas largarem o cigarro. Inclusive, é possível desenvolver o câncer de pulmão, mesmo estando afastado do cigarro. Essa afirmação é especialmente verdadeira quando se trata da população asiática. Demais fatores de risco incluem:

  • exposição passiva ao fumo do tabaco; 
  • escape de diesel; 
  • combustível de biomassa; 
  • radônio; 
  • amianto; 
  • outros carcinógenos ambientais e laborais

A exposição ao amianto, que embora agora tenha sido proibido na maioria dos países, ainda está em fibras no ambiente, dentro e na superfície de muitos edifícios. Vale lembrar que alguns países, onde seu comércio é proibido por questões de saúde, não se inibem em realizar comercialização dessa substância para outros países. O tratamento do câncer de pulmão gera um grande gasto para a saúde pública. Por isso, na maioria dos países, o investimento tem sido concentrado na prevenção da doença.

A sazonalidade climática

O vírus da influenza tipos A e B possuem comportamento sazonal. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, há um expressivo aumento no número de casos de infecções virais nas estações climáticas mais frias do ano. Em cada ano, encontram-se em circulação mais de um tipo de influenza ao mesmo tempo, como o influenza A (H1N1)pdm09, o influenza A (H3N2) e o influenza B. Estima-se que, nos países em desenvolvimento, a maior parte das mortes ocorridas entre crianças com menos de cinco anos, que decorrem de infecções do trato respiratório inferior, estejam relacionadas à influenza.

Os efeitos das epidemias sazonais de influenza, no entanto, ainda não foram completamente elucidados em estudos nos países mais pobres do mundo. No Brasil, o período sazonal seco que ocorre em diversas regiões (nordeste, sudeste, sul e centro-oeste) resulta no aparecimento de doenças no trato respiratório que chegam à terceira posição de causas de internações em alguns municípios, como em Barreiras, na Bahia. A situação é estudada e analisada por muitos especialistas e a conclusão é clara: é preciso prevenir e diagnosticar precocemente.

O papel da vacinação

O mercado já oferece algumas vacinas para infecções do trato respiratório, sendo as principais:

  • Vacina para Influenza; 
  • Vacina Pneumo 13; 
  • Vacina Pneumo 23; 
  • Vacina Haemófilus; 
  • Vacina DTPa (para casos de Difteria, Tétano e Coqueluche).

Tais vacinas cumprem um importante papel na prevenção e erradicação dessas condições que tanto afetam crianças e adultos. Os pais podem ser estimulados a se informarem sobre os benefícios da vacinação, capazes de reduzir as elevadas taxas de mortalidade infantil (e idosos) por infecções respiratórias. Recomenda-se que a vacinação seja feita anualmente contra influenza, para prevenir doenças e complicações que podem derivar de sua infecção. A vacinação não se limitada às crianças, idosos e pessoas com saúde frágil, mas também é recomendada para os profissionais de saúde, que estão em contato constante com o vírus.

Como aprimorar o diagnóstico dessas doenças

O papel do diagnóstico é sempre fundamental, diante das mais variadas patologias. Não seria diferente com as doenças respiratórias. Um diagnóstico equivocado pode levar ao uso desnecessário e perigoso de antibióticos. O paciente fica em sofrimento e pode até vir a óbito quando não recebe o encaminhamento correto.

Para aprimorar o diagnóstico, os profissionais da medicina têm se aliado à tecnologia de ponta, que embora seja extremamente avançada, possibilita o acesso até àquelas populações que normalmente se debatem sem a assistência usual de países desenvolvidos. Uma das tecnologias a ser considerada é a molecular, que permite diagnósticos em poucos minutos, com precisão. Uma opção para médicos do mundo inteiro, que pode ser encontrada em equipamentos Point of Care Testing.

Saiba por que considerar o point-of-care testing

A solução do Point of Care Testing permite uma adequação entre a conveniência, a exatidão e a rapidez. Isso porque os equipamentos POCT, como são chamados, trabalham com tecnologia de ponta (como o diagnóstico molecular) que permite a rápida identificação do agente patógeno, sem deixar dúvidas para o profissional e nem para o paciente.

O teste pode ser realizado em uma sala de consultório ou, até mesmo, em pronto atendimentos distantes dos grandes centros hospitalares. Ao identificar agentes como o influenza, os médicos podem encaminhar seus pacientes para a terapia correta, evitando desgaste do sistema de saúde e do próprio paciente.

Esse recurso agiliza o atendimento, reduzindo o tempo de sofrimento do enfermo. As doenças respiratórias, de uma forma geral, devem ser evitadas com programas de prevenção, controle da poluição, combate ao tabagismo, higiene e nutrição. No entanto, quando surgem, devem ser diagnosticadas com eficiência, para que o tratamento possa chegar a tempo e cumprir com sua função.

Referências

Link de referência https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/06/h1n1-causou-a-maioria-das-222-mortes-por-gripe-em-2019.shtml

Link de referência http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2012000500007

Link de referência http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=9

Link de referência https://www.who.int/news-room/14-12-2017-up-to-650-000-people-die-of-respiratory-diseases-linked-to-seasonal-flu-each-year

Link de referência http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132005000500009

Link de referência https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/publisher.gn1.com.br/ggaging.com/pdf/v2n2a08.pdf

Link de referência https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK338593/ Link de referência https://www.the-hospitalist.org/hospitalist/article/122062/tips-hospitalists-improving-diagnostic-skills 

Link de referência http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302014000600599

Link de referência https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5084418/ Link de referência https://poctesting.com.br/point-of-care-testing/

Link de referência https://drive.google.com/file/d/1NRD8DDVYFZ-v_lTMPjD5_43tn11RaVji/view

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