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Mudando a face da cirurgia cardíaca

Changing the face of cardiac surgery Changing the face of cardiac surgery Changing the face of cardiac surgery

As necessidades de saúde de um país mudam com o tempo, e, à medida que nossa população envelhece, suas necessidades de saúde se tornam mais complexas.1

Nada demonstra isso mais do que o aumento observado nos últimos anos no número de cirurgias cardíacas. Atualmente, há mais de um milhão de cirurgias cardíacas por ano em todo o mundo, e é provável que este número continue a aumentar.2

O Bypass Cardiopulmonar (BCP) é uma técnica que assume temporariamente a função cardíaca e pulmonar durante a cirurgia, mantendo a circulação e a oxigenação do sangue do paciente.

Enquanto os pacientes estão em Bypass Cardiopulmonar, eles ficam mais vulneráveis e altamente dependentes da habilidade da equipe clínica e da tecnologia que auxilia essa equipe. Durante uma cirurgia cardíaca típica utilizando Bypass Cardiopulmonar, os pacientes são submetidos a um grande número de testes, tais como hemoglobina, hematócrito, gases sanguíneos e eletrólitos. Desde a indução da anestesia até o pós-operatório imediato, os pacientes normalmente terão seu sangue aspirado e analisado a cada 20 a 30 minutos.2

Atualmente, há mais de um milhão de cirurgias cardíacas por ano em todo o mundo2

Utilizando o ACT

O ACT é tradicionalmente medido na sala de cirurgia, pois não há teste equivalente em laboratório. Entretanto, os outros exames de sangue necessários para monitorar o paciente com segurança durante a cirurgia cardíaca são frequentemente analisados fora da sala de cirurgia, mas nos limites da unidade cirúrgica, usando tecnologia no ponto de atendimento. Isso significa que o assistente de anestesia pode estar fora da sala de cirurgia por até 45 minutos ou até mais em casos mais complexos.

Se for utilizado um laboratório hospitalar central em vez de tecnologia no ponto de atendimento, a história mostra que, após a retirada da amostra, a equipe clínica não terá acesso a um resultado por até 90 minutos.3 Esperar esse tempo todo para um resultado significa que as decisões são tomadas com base em dados históricos que podem não mais refletir o quadro clínico real. Isso poderia levar a atrasos no tratamento adequado.

A prática de testes com o paciente envolve o uso do analisador sanguíneo à beira do leito. Isso permite que a amostra de sangue e, mais importante, o assistente de anestesia permaneçam na sala de cirurgia. O processamento de amostras de sangue ocorre durante a cirurgia, o que significa que, em um momento de crise, uma equipe completa está disponível na sala de cirurgia. Também garante uma resposta oportuna às mudanças no estado do paciente e reduz a probabilidade de misturar as amostras que saem da sala de cirurgia e reduz a probabilidade de transmitir os resultados ao paciente errado.

Um único dispositivo proporciona padronização, bem como a simplificação das questões de conectividade.

Os dispositivos que possibilitam a análise de um amplo menu de testes em uma única plataforma podem ter um papel significativo em salas de cirurgia cardíaca. Um único dispositivo proporciona padronização, bem como a simplificação das questões de conectividade que o uso de múltiplos dispositivos cria, além de proporcionar um único impacto, de modo a não contribuir à sala de cirurgia, já sobrecarregada tecnologicamente.

Conclusões

A cirurgia cardíaca está se tornando mais complexa, e os avanços em tecnologia devem acompanhar essas exigências para que as equipes clínicas estejam equipadas para oferecer o melhor padrão de atendimento possível. O teste com o paciente fornece uma solução simples para o exame de sangue intraoperatório que permite que os membros da equipe permaneçam na sala de cirurgia e prestem atendimento de forma mais segura e oportuna.

Referências

  1. Afilalo J et al. Addition of frailty and disability to cardiac surgery risk scores identifies elderly patients at high risk of mortality or major morbidity (Adição da fragilidade e deficiência às pontuaçõs de risco de cirurgia cardíaca identifica os pacientes idosos com risco elevado de mortalidade ou morbidade grave). Circ Cardiovac Qual Outcomes 2012, 5(2):222-228
  2. Falter F. Benefits of handheld diagnostics in the CVOR (Benefícios do diagnóstico portátil em CVOR). Hospital Healthcare Europe, 2015
  3. National Institute for Health and Care Excellence (Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados). Detecting, managing and monitoring haemostasis: viscoelastometric point of care testing (Detecção, tratamento e monitoramento de hemostase: teste visco-eslastomérico no ponto de atendimento). Agosto 2014.www.nice.org.uk/guidance/dg13

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