Global Point Of Care
Você sabia que os casos de dengue no Brasil estão aumentando constantemente? Com a atenção voltada para a epidemia do coronavírus, muitos se esquecem que essa doença também continua circulando e requer cuidado porque, assim como a Covid-19, pode levar a óbito.
Há décadas os brasileiros convivem com a dengue e realizam ações na tentativa de reduzir as contaminações. Além disso, a Medicina tem evoluído e novos métodos diagnósticos facilitam a ação do médico, para adotar medidas mais precisas e rápidas.
Neste artigo, elaboramos um panorama sobre os casos de dengue no Brasil para que você possa entender por que essa doença não pode ser colocada em segundo plano. Continue lendo e confira a evolução dela ao longo dos anos e as tendências para o futuro.
Antes de falarmos sobre o crescimento dos casos de dengue no Brasil, é interessante compreender melhor a fisiopatologia dessa doença, para ficar claro o porquê de continuarmos alertando a população e combatendo o vetor.
A dengue é uma doença dinâmica classificada como febril, aguda e sistêmica. Seu espectro clínico é bastante amplo, já que algumas pessoas podem não apresentar nenhum sintoma, enquanto outras evoluem para os quadros mais graves (dengue hemorrágica) podendo chegar a óbito. A pessoa que contrai dengue sofre alterações celulares em todo o organismo. No sangue é possível perceber uma queda do número de glóbulos brancos, os responsáveis pelas defesas do organismo. As plaquetas também são afetadas e seu número diminui. Elas têm a função de promover a coagulação do sangue, evitando sangramentos.
Em alguns pacientes, no entanto, o vírus da dengue provoca infecções em órgãos vitais, diretamente no fígado ou no coração. Ele também pode provocar infecções no sistema nervoso, gerar perda de água e proteína do sangue, já que os vasos sanguíneos ficam mais porosos.
De toda forma, os quadros mais comuns de dengue envolvem a queda do sistema imunológico e a desidratação. A maioria dos casos evolui de forma tranquila, sendo que o organismo do paciente consegue reagir rápido sem desencadear sintomas mais significativos.
Não é de hoje que o vírus da dengue circula no Brasil. Na verdade, há relatos dele que datam do início do século XIX. Além disso, em 1908 foi publicada uma pesquisa que descrevia o vetor Aedes Aegypti, mas foi apenas em 1982 que a circulação desse vírus foi comprovada em laboratório.
De lá para cá o Brasil vem traçando uma verdadeira guerra para combater o mosquito e evitar a disseminação da doença. Os números são muito altos ano após ano, mesmo com todas as campanhas criadas para alertar sobre a importância de evitar os criadouros.
Na década de 90 a dengue no Brasil teve um crescimento muito expressivo. O maior número de casos registrados foi em 1998, computando cerca de 560 mil pessoas contaminadas. Mas não foi suficiente para a doença ser contida.
Entre 2000 e 2001 houve um aumento de 62% no número de casos, inclusive de dengue hemorrágica. Em 2001 foram registrados 675 casos dela e 28 mortes. Seguindo na linha do tempo até 2010, houve um aumento de 77,7% em relação a 2009. Foram registrados 155.771 casos até a sétima semana epidemiológica.
Mesmo com todo o conhecimento que já se tem sobre a dengue no Brasil, a forma como ela é transmitida, os métodos de prevenção e combate, continuamos vendo altos números de casos da doença, por isso ela traz tanta preocupação quanto a Covid-19.
Existem quatro tipos diferentes de dengue por existirem quatro diferentes vírus. Sendo assim, uma pessoa pode ter a doença mais de uma vez, até que o seu organismo desenvolva anticorpos para todas essas variações.
Depois de o indivíduo ter contato com o vírus, o período de incubação dele no organismo varia de 4 a 10 dias. Já o período de viremia, quando a pessoa pode transmitir a dengue para outras, começa cerca de 1 dia antes da manifestação da febre, segundo até o 5º dia da doença.
Se ela for picada por um mosquito nesse período, transmitirá o vírus para o vetor. O problema é que esse mesmo mosquito pode transmitir o vírus da dengue durante toda a sua vida, que é de seis a oito semanas, infectando todos que picar.
Analisando o panorama atual, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, até o mês de abril de 2020 foram notificados 525.381 casos prováveis de dengue. Isso representa uma taxa de incidência de 250 para cada 100 mil habitantes.
É preciso considerar, também, que a dengue no Brasil se manifesta de formas diferentes em cada região. Por isso, a taxa de incidência apresenta o seguinte perfil regional:
Os casos graves confirmados somaram 381 registros, já as mortes pela doença atingiram o patamar de 181 óbitos. De acordo com o mesmo boletim, a curva epidêmica de 2020 já ultrapassa os casos registrados no mesmo período de 2019.
A dengue é uma doença que não tem um tratamento específico, por isso, a prevenção ainda é a melhor medida. Porém, a precisão do diagnóstico médico é fundamental para evitar que uma pessoa transmita o vírus para muitas outras.
Conhecendo bem o quadro também é possível adotar o tratamento correto, evitando a prescrição inadequada de antibióticos e anti-inflamatórios. Aliás, algumas substâncias podem agravar o quadro clínico do paciente, daí a importância de uma abordagem precisa.
O teste rápido para dengue é uma excelente ferramenta que o médico pode utilizar em seu dia a dia no consultório. Prático e simples de ser utilizado, em poucos minutos ele permite diagnosticar a doença ou eliminar essa suspeita.
Essa é uma das tendências para o atendimento de pacientes com suspeitas de dengue. O teste rápido auxilia, inclusive, na atualização dos dados referentes à doença, minimizando a subnotificação, já que rapidamente o médico tem o diagnóstico e pode reportá-lo.
Atualmente, existe apenas uma vacina contra a dengue licenciada no Brasil, desenvolvida por uma empresa francesa. O Instituto Butantã também está fazendo a testagem da sua própria vacina para que ela seja produzida com selo nacional.
Dito isso, neste momento não há uma prevenção em massa, daí a importância de continuarmos combatendo o vetor e adotar medidas eficazes de diagnóstico da dengue. Dessa forma, os pacientes serão tratados adequadamente, evitando formas graves da doença e aumentando os cuidados para frear os contágios.
Os casos de dengue no Brasil são muito altos e provocam mortes todos os anos. Além disso, essa doença está presente em mais de 100 países ao redor do mundo, sendo considerada uma epidemia. Assim, é fundamental adotarmos todas as medidas possíveis para oferecer o melhor cuidado aos pacientes e garantir a prevenção de novas contaminações.
1. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701998000100012
2. https://www.saude.gov.br/component/tags/tag/dengue
3. http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/longatraje.html
4. https://www.conasems.org.br/brasil-registra-mais-de-440-mil-casos-de-dengue-em-tres-meses/
5. https://www.brasildefato.com.br/2020/04/16/em-meio-a-pandemia-do-coronavirus-numero-de-casos-dedengue-no-brasil-cresce-129
6. https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/nas-primeiras-dez-semanas-de-2020-brasil-registra-mais-de300-mil-casos-de-dengue-24311549
7. https://www.labnetwork.com.br/noticias/preocupados-com-o-coronavirus-no-brasil-a-dengue-volta-a-crescer/
8. https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/03/casos-de-dengue-avancam-72-em-um-ano-e-ministeriocria-comite-para-monitorar-avanco.shtml
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